27 de fevereiro de 2016

O Que é Avivamento? D. Martyn Lloyd-Jones


   Podemos defini-lo como um período de benção incomum e atividade na vida da Igreja Cristã. Primariamente, é claro, e por definição, um avivamento é algo que acontece primeiro na Igreja e entre os cristãos, entre os crentes. Isso, repito, é verdade por definição. É avivamento; algo é avivado e quando dizemos isso, queremos dizer que algo está presente que tinha vida. Todavia a vida estava começando a se desvanecer, a murchar, e tinha se tornado quase moribunda, e houve pessoas que disseram: “Isso está morto, está acabado”, porque não podiam ver muitos sinais de vida e atividade. Avivamento significa despertamento, estimulando a vida, trazendo-a à tona novamente. Acontece primeiramente na Igreja de Deus, e entre pessoas crentes, e é somente em caráter secundário que afeta também aqueles que estão de fora. Ora, este é um ponto extremamente importante, porque esta definição nos ajuda a diferenciar, de uma vez por todas, entre um avivamento e uma campanha evangelística. Confundir essas duas coisas resulta em prejuízo. Não há nada que seja tão tolo quanto pessoas anunciando que vão organizar um avivamento. Estão se referindo a uma campanha evangelística. Infelizmente essa confusão foi introduzida por Finney e tem persistido desde então. Não obstante, é um grande equívoco, é uma confusão de propósitos. Permitam-me mostrar-lhes a diferença.
   Uma campanha evangelística é a Igreja decidindo fazer algo com respeito àqueles que estão do lado de fora, perdidos. Um avivamento não é a igreja decidindo fazer algo e fazendo-o; é algo que é feito à Igreja, algo que acontece com a Igreja. As duas coisas são essencialmente diferentes. Vocês podem ter uma grande campanha evangelística, a qual pode deixar sua igreja exatamente como era antes, se não pior. Acrescento isso porque ouço constantemente que as igrejas estão sofrendo do que chamam de “exaustão pós-campanha evangelística”, que como resultado de campanhas, as reuniões de oração e as reuniões regulares baixaram em frequência. E o mesmo é verdade a respeito de várias outras organizações, que promovem tais atividades. Campanhas evangelísticas, então, referem-se principalmente àqueles que estão do lado de fora, mas a essência do avivamento é que é algo que acontece à Igreja, às pessoas da Igreja. Elas são tocadas e influenciadas, e coisas tremendas acontecem.
   [...]
   A essência de um avivamento é que o Espírito Santo desce sobre um número de pessoas reunidas, ou sobre toda uma igreja, ou sobre um número de igrejas, e distritos, ou talvez um país inteiro. Isso é o que significa avivamento. Se preferirem, é uma visitação do Espírito Santo, ou outro termo que tem sido frequentemente usado é este – um derramamento do Espírito Santo. E os termos são interessantes porque podemos ver que as pessoas estão cônscias de que é como se algo subitamente veio sobre elas. O Espírito de Deus veio sobre elas. Deus desceu e está em seu meio. Um batismo, um derramamento, uma visitação. E o efeito disso é que imediatamente essas pessoas se conscientizam de Sua presença e do Seu poder de uma forma que nunca conheceram antes. Estou falando sobre cristãos, membros de igreja reunidos como tinham feito tantas vezes antes. Subitamente estão conscientes de Sua presença, estão conscientes de Sua majestade e da grandiosidade de Deus. O Espírito Santo literalmente parece estar presidindo sobre a reunião, assumindo o controle dela, manifestando o Seu poder, guiando-os, dirigindo-os e liderando-os. Essa é a essência do avivamento.

D. Martyn Lloyd-Jones
Extraído do livro Avivamento, p. 104-105 (Ed. PES)

24 de fevereiro de 2016

Como seria uma Igreja Missional Hoje? Michael Goheen responde



Apresentação adaptada do capítulo final de A Igreja Missional na Bíblia, de Michael Goheen.

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Edificarei a Minha Igreja

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.17-18)
   
   Essas palavras do Senhor Jesus enchem o coração de alegria daqueles que depositam nele toda a sua confiança.
    Em primeiro lugar aprendemos que a Igreja é dele. Muitos líderes se apropriaram de Igrejas. Alguns fazem questão de estampar nas fachadas dos templos seus nomes e até suas próprias fotos. Eles são os líderes máximos dos pequenos reinos que fundaram, tomando emprestado o nome de Deus e de Jesus Cristo. Jesus deixa claro: “A Igreja é minha!”.
    Em segundo lugar, o Senhor Jesus nos ensina que Ele mesmo está edificando a Igreja dele. Em todas as partes do mundo Jesus está levantando um povo exclusivo para Si, através da Sua obra na cruz e ressurreição, e por meio da regeneração do Espírito. Pessoas de todos os lugares, cores e condições sociais estão se rendendo à graça salvadora de Jesus. O Reino de Deus está se manifestando em toda a terra. Nestes últimos tempos, mais do que nunca, a fé cristã se tornou global.
    Em terceiro lugar, Jesus pode falar que Ele edificaria a Sua igreja por causa de quem Ele mesmo é. Simão Pedro disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Jesus é o Messias Salvador prometido. Não um Profeta, Sacerdote e Rei como outros. Mas o Filho de Deus encarnado. O próprio Deus entre nós (Emanuel). Somente Ele poderia dizer que edificaria Sua igreja. Pois somente Ele tem poder para tal.
    Em quarto lugar, nada pode deter esse povo lavado e remido no sangue do próprio Deus. Como disse o inspirado Paulo, nada “poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39). Nenhuma pessoa, nem poderes espirituais malignos, verdadeiramente nada, nem ninguém, nem mesmo a morte pode prevalecer sobre a Igreja de Deus! Esse é o significado das palavras: “as portas do inferno não prevalecerão sobre a igreja”. As portas da sepultura não são o fim. Quem está em Cristo, e em comunhão com o povo de Deus na igreja, ao dar o último suspiro, sua alma passa a habitar com o Senhor. No Dia Final, os corpos ressuscitarão e estaremos numa benção mais plena, por toda a eternidade, com a Trindade Excelsa!
    Nesses dias de comemoração de aniversário de organização, rogamos ao Senhor que renove a cada dia, cada membro dessa igreja local. Para que sejamos servos fiéis consagrados.  Servindo ao Senhor com alegria. Participando ativamente da obra gloriosa de levar o Evangelho de Jesus a todos os cantos da Terra.
Deus nos ajude!

Pr. Robson

Pastoral por ocasião dos 10 anos de organização da IP Vera Cruz (Goiânia)

19 de fevereiro de 2016

Linha de Tempo de John Knox e da Reforma

1512 Primeiro martírio da Reforma em ParisReformador Escocês - Pai do Presbiterianismo
1514 (aprox.) Nasce John Knox em Haddington
1516 Desidério Erasmo publica seu Novo Testamento grego
1517 Martinho Lutero posta suas 95 Teses na Capela de Wittenberg na Alemanha
1518 Ulrich Zuínglio prega em Zurique e provoca a Reforma Suíça
1525 William Tyndale publica o Novo Testamento em inglês
1530 Confissão de fé luterana de Augsburg foi escrita
1534 Henrique VIII declara Ato de Supremacia e rompe com Roma
1534 Inácio de Loyola funda a Ordem dos Jesuítas para renovação da igreja Católica Romana
1536 João Calvino publica edição de suas Institutas da Religião Cristã; Knox deixa os estudos universitários; é ordenado ao sacerdócio
1540 Knox trabalha como notário (tabelião) e tutor particular
1543 Provável data de conversão de Knox a Cristo
1545 Knox apoia e é guarda-costas de George Wishart; começa o Concílio de Trento da Igreja Católica Romana (concluída em 1563)
1546 Wishart é martirizado; Cardeal David Beaton é morto em retaliação. Protestantes invadem castelo de Saint Andrews; Rainha Regente sitia castelo
1547 Knox se une aos protestantes no castelo; prega seu primeiro sermão publico; Castelo é vencido pelos franceses; Knox inicia os dezenove meses como escravo em galés francesas.

PREGAÇÃO NA INGLATERRA

1549 Knox é liberto e prega diante de Edward VI; prega em Berwick, Inglaterra
1549 Book of Common Prayer [Livro de Oração Comum] de Thomas Cramner é publicado
1550 Sra. Elizabeth Bowes e sua filha Marjory se convertem
1552 Knox disputa o ajoelhar-se na Ceia do Senhor, recusa o bispado de Rochester
1553 Morre Edward VI; a católica Mary Tudor – a sanguinária – ascende ao trono

REFUGIADO NA EUROPA

1554 Knox foge para a Genebra de Calvino; pastoreia congregação de língua inglesa em Frankfurt
1555 Knox pastoreia congregação de refugiados ingleses em Genebra; conduz cruzada de pregação na Escócia; casa-se com Marjory Bowes
1556 É condenado como herege na Escócia; retorna a Genebra com a esposa e a sogra
1558 Knox escreve Primeiro Clarim da Trombeta Contra o Monstruoso Regimento de Mulheres
1558 Morre Mary Tudor; Elizabeth I torna-se rainha da Inglaterra

ANOS DA REFORMA NA ESCÓCIA

1559 Knox volta à Escócia; prega sermão condenando a idolatria da missa; estouram reavivamento e iconoclasmo
1560 Parlamento Reformado adota a Confissão de Fé Escocesa; morre Marjory, esposa de Knox
1563 É publicado o Livro dos Mártires de John Foxe
1564 Knox casa-se com Margareth Stewart
1566 Knox escreve História da Reforma na Escócia
1572 Massacre do Dia de São Bartolomeu, na França
1572 Knox morre em Edimburgo, sepultado próximo a High Kirk de Saint Giles


Extraído do livro A Poderosa Fraqueza de John Knox, de Douglas Bond, Editora Fiel.