3 de dezembro de 2013

Avatar: mais uma investida do neopaganismo

1. História do filme
O filme ocorre em 2154 d. C.. Thommy tinha uma missão em Pandora. No entanto, morre uma semana antes. Seu irmão JakeSully, que também é um fuzileiro (Marine), mesmo paralítico das pernas, resolve continuar a missão, pois tinha o mesmo genoma. Ele participa de uma experiência em que seres foram criados a partir do DNA dos nativos do planeta Pandora e o DNA dos humanos. Estes seres são chamados de Avatar. Segundo fala de Jake, “o conceito é que o controlador se conecte a seu avatar, para que  o sistema nervoso dos dois se sintonizem”. E assim tentar estabelecer relações cordiais com os nativos humanoides chamados Na’vi[1], com o objetivo maior de explorá-los “diplomaticamente”.
Jake vem se juntar a um grupo de militares que agora se tornaram mercenários neste outro planeta. Grace Augustine[2] é a chefe do programa Avatar. O propósito é se infiltrar como um dos Na’vi, “domesticá-los” e explorar o mineral Unobtanium do planeta deles - Pandora. Os militares prefeririam resolver na força das armas, e o projeto Avatar tenta alcançar o mesmo alvo de forma dissimuladamente amigável.
Em determinado momento Jake em seu avatar vai com outros avatares numa missão de reconhecimento, até que Jake se vê lutando e fugindo com animais de Pandora. Ele se afasta e se perde dos outros. Uma das fêmeas Na’vi o encontra e o ajuda. Depois, Jake é encontrado por outros nativos e é salvo pela “amiga” Na’vi, sendo em seguida levado para a tribo deles. Ao encontrar-se com o líder do grupo, a filha que encontrou o avatar de Jake disse que o trouxe a eles por causa de um sinal de Eywa. Nesse diálogo passa a conhecer a mãe dela, que se chama Tsahik (que significa “aquela que interpreta a vontade de Eywa”)[3]. Nessa conversa Tsahik decide que sua filha ensine ao avatar seus costumes. O centro da aldeia dos Na’vi está em cima do maior depósito de Unobtanium num raio de centenas de quilômetros. A ideia é retirar os nativos de lá e explorar o mineral.
Depois que ele retoma a consciência na base, é instruído por Grace sobre os nomes dos principais dos Na’vi. Dentre eles está Neytiri, que foi a que o ajudou. Ela será a próxima Tsahik. Até que Jake pergunta que é Eywa, e lhe respondem: “só sua divindade, sua deusa, feita de todas as criaturas vivas, e que conhecem”. E assim ele volta para o avatar para aprender com Neytiri. A primeira lição é andar em um tipo de cavalo, sendo feita uma ligação de um tipo de crina do animal com o cabelo dele. Essa ligação é chamada de tsaheylu.
De volta ao treinamento o avatar de Jake tem aprender a voar com uma ave com a qual se tem a mesma ligação tsaheylu. É ensinado a correr sobre as árvores, a atirar com flechas, etc. Essa ligação não se dá apenas entre alguns animais e os Na’vis, mas entre eles e tudo ao redor. Uma das indagações de Jake é justamente sobre isso. Em uma das suas falas em pensamento ele diz: “Ela fala de uma rede de energia que conecta todos os seres vivos. Ela diz que a energia é só emprestada, e um dia temos de devolver”. Jake mata um animal e Neytiri diz que seu espírito voltaria para Eywa e seu corpo ao ser comido faria parte do povo.
Depois de tantas incursões no mundo de Pandora em seu avatar, Jake começa a entrar em crise, questionando se lá de fato não era o mundo real. E o real fosse um sonho. Há também um lugar sagrado para os na’vis chamado Árvore das Almas, onde os seres humanos nunca tiveram permissão de conhecer.
Numa cerimônia Na’vi, o avatar de Jake se torna um filho de Omaticaya e agora faz parte do Povo. Todos vão pondo as mãos nos ombros uns dos outros fazendo uma grande unidade. Neytiri leva Jake para a Árvore das Vozes – vozes dos ancestrais – estes fazendo parte de Eywa. Para finalizar o treinamento, ela lhe diz que ele precisa de uma mulher, a qual ele poderia escolher. Ele diz que essa mulher teria de escolhê-lo, ela responde que ela já o escolheu. Então se beijam e se amam. Ela diz: “eu faço parte de você agora”. Dormem juntos e depois ele acorda e pensa: “o que é que eu fiz”.
Nesse ápice de inserção no mundo de Pandora entre os Na’vis, eles acordam juntos com o barulho das máquinas destruindo a floresta. Ele tenta se interpor. Segundo a Drª Grace Augustine, ela acha que as árvores possuem uma rede de comunicação entre as raízes como se fosse um grande cérebro com mais neurônios do que o cérebro humano, por isso os Na’vis tentarão defender o seu meio ambiente a qualquer custo. Jake e Grace são presos na base da missão, mas conseguem fugir com mais alguns para outra base onde tem máquina que pode levar a mente ao avatar deles. Grace morre, depois de tentarem salvar com a divindade de Pandora, pois estava muito fraca.
Uma batalha épica acontece. Além de outras tribos nativas, juntam-se aos Na’vis os animais terrestres e voadores; que segundo Neytiri foram enviados por Eywa em resposta à prece de Jake. Os nativos, juntamente com o avatar Jake, vencem. Os invasores são mandados de volta. Jake vai à Árvore das Almas e os nativos numa espécie de transe coletivo pedem que o espírito de Jake fosse transferido para o avatar. Os olhos do avatar se abrem. Conseguiram. O filme termina.

2. Meta-história
O escritor e diretor do filme James Cameron é bem conhecido diretor de cinema. É um grande defensor de causas ambientais. A mensagem do filme é bem clara quanto a isso: uma defesa da natureza e dos nativos, apresentando um choque de cosmovisões. A cosmovisão pagã da adoração da natureza, contra o Ocidente cristão.  Somam-se a isso outros elementos bem interessantes. Tentaremos expor esses elementos abordando os aspectos centrais das Escrituras: Criação-Queda-Redenção.

3. Elementos da Criação em Avatar
Todo espaço físico do filme se dá num ambiente do tipo da criação original de Deus. A natureza é preservada pelos nativos. Destacam-se aspectos de comunidade; por serem ainda tribais, a interdependência entre eles é grande. Há entre os Na’vis representantes políticos e religiosos. As regras básicas têm a ver com a diretriz da deusa Eywa. Enquanto que as regras dos “colonizadores” é a do maior lucro no menor espaço de tempo. A beleza do lugar é impar; criação de um mundo paralelo ao nosso. Ou seja, uma subcriação aos moldes da criação por Deus. Somando-se o fato da grande tecnologia usada que dá uma beleza visual impecável. Existe uma enorme diversidade de coisas e seres, mas, ao mesmo tempo, isso tudo é um (abordaremos essa questão nos elementos da queda).

4. Elementos da Queda em Avatar
A Bíblia faz uma clara distinção entre criação e Criador. Deus é onipresente, mas é distinto das coisas que criou. No filme o elemento idólatra é gritante. Tudo faz parte da divindade chamada Eywa. Essa divindade está em tudo e tudo faz parte dela – como destacamos na história do filme. Existe a Árvore das Almas, para onde vão as almas dos ancestrais mortos e aos quais invocam e pedem. A ligação entre bestas parecidas com cavalos e dragões reforçam essa unidade (o tsaheylu). Enfim, no filme existem alguns elementos do paganismo histórico. Há o animismo – todas as coisas possuem almas. Panteísmo – todas as coisas são manifestações da divindade; Deus é tudo. Embora existam religiões panteístas na terra, Avatar evoca de forma contundente que Pandora não é somente uma divindade que abrange a tudo (panteísmo), mas que o planeta é um único organismo vivo. Essa ideia é chamada de Hipótese de Gaia, proposta pelo investigador inglês James Lovelock em 1972 – ainda discutida no meio acadêmico. Conforme Fernando Rebouças, “A teoria de Gaia tem simpatizantes ambientalistas, místicos e pesquisadores”.[4]Além do aspecto supracitado da idolatria pagã animista e panteísta e de resquícios da Teoria de Gaia, há outros aspectos da queda, como avareza e violência.

5. Elementos de Redenção em Avatar
Há vários elementos de Redenção, tais como a beleza impressionante da natureza recriada por James Cameron em Pandora. Há harmonia dentro da própria “tribo” Na’vi e do Povo com seu meio ambiente, uma harmonia que Deus queria que os seres humanos tivessem com a Terra. Teólogos chamam isso de Mandato Cultural, onde Deus fala para o homem cultivar a Terra, bem como cuidar dela (Gn 2.15).
O tema da eternidade é subjacente e tácito, uma vez que a harmonia dos seres vivos com o restante da natureza vira um círculo unitariano, pois os seres vivos morrem e voltam à terra, ou seja, à Terra viva, à deusa mãe Eywa. Já que o que existe é “uma rede de energia que conecta todos os seres vivos. [...] a energia é só emprestada, e um dia temos de devolver”. Há também um aspecto vicário no personagem de JakeSully, quando dar tudo de si pelo outro, até que enfim se torna o outro.

6. Aplicações práticas
Como já dissemos o filme tem uma abordagem idólatra própria do animismo-panteísmo. Diz o apóstolo Paulo em Romanos 1.25: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”. Doxologicamente, vemos uma inversão das coisas como reveladas na Palavra. Deus é Criador distinto da criação. Por meio dela glorificamos Aquele que fez todas as coisas.
Numa aplicação eclesiológica, temos de alertar aos nossos irmãos em Cristo para estarem atentos ao consumirem cultura, seja popular ou não. Manifestações culturais nunca são neutras. Elas sempre comunicam cosmovisões. No caso de Avatar, a mensagem está lá e precisamos discerni-la.
O filme também serve para analisar a cosmovisão dos incrédulos. Devemos reconhecer que temos de cultivar/lavrar a terra, ou seja, usufruirmos dela, sem exaurirmos seus recursos, dificultando a própria relação do planeta que provê os recursos de subsistência nossa. No entanto, observar o mandato cultural de cuidar/guardar a terra, não deve nos levar a adorá-la, como se, de fato, ela fosse nossa “mãe”, ela como a origem de tudo, pelo contrário. “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém” (Rm 11.36).

Robson Rosa Santana
Texto apresentado como trabalho do módulo Hermenêutica Cultural e Ministério Pastoral, do Mestrado em Divindade (M. Div. - Missões Urbanas), do CPAJ.


[1] Há uma semelhança dessa palavra com palavra hebraica para profeta. Talvez querendo dizer que o povo era um tipo de profeta.
[2] Chama a atenção que o nome da cientista chefe é Grace (Graça), nome de uma doutrina central do cristianismo histórico; e o sobrenome Augustine (Agostinho) refere-se a um dos pais da Igreja do século IV, que é considerado uma das maiores influencias da civilização Ocidental.
[3] É a líder espiritual, tipo de uma Xamã. 
[4] REBOUÇAS, Fernando.Teoria de Gaia, in: http://www.infoescola.com/ecologia/teoria-de-gaia/, acesso em 14 de ago. 2013.

14 de novembro de 2013

Como vivia a Igreja em Atos

   Pode-se resumir a vida de adoração da igreja primitiva da seguinte forma:
(1) Pequenos Grupos – os cristãos se reuniam diariamente no templo e na casa uns dos outros e realizavam assim os propósitos fundamentais da igreja em todos os tempos, ou seja, doutrina (instrução), comunhão, ação social, adoração e evangelização (At 2.42-47; 4.32-37).
(2) A estrutura da liderança os primeiros líderes, os apóstolos, foram escolhidos diretamente por Cristo, mas as outras funções de liderança, em termos de autoridades sobre os outros, dava-se por meio da escolha dos crentes, ou seja, pela comunidade. Assim surgiram os diáconos (At 6) e também os presbíteros, que também podem ser chamados de pastores ou bispos, pois exercem a mesma função de supervisão e cuidado do rebanho.
(3) A obra missionária – nunca ocorria individualmente, assim como Jesus enviou os setenta de dois em dois, os apóstolos também faziam o mesmo, até mesmo com equipes de três ou mais integrantes. A estratégia da expansão da igreja por todo o império se deu especialmente com Paulo e seus companheiros e “o estudo pormenorizado da narrativa demonstra que, na realidade, Paulo passava períodos consideráveis de tempo nos importantes centros populacionais” (I. Howard Marshall, Atos, p. 31). Assim, surgiram igrejas fortes e outras não tão fortes, que deram prosseguimento à expansão da fé cristã por todo o mundo até os nossos dias.
Sobre a simplicidade da adoração da Igreja primitiva, Adam Clarke, na obra John through Acts (João a Atos), diz que “é digna de atenção e admiração particular. Aqui não há cerimônias caras: nenhum aparato calculado meramente para impressionar os sentidos e produzir emoções no sistema animal, “para ajudar”, como tem sido tolamente dito, “o espírito de devoção”. O coração é o lugar  no qual este espírito de devoção é despertado; e o Espírito de Deus exclusivamente é o agente que comunica e mantém o fogo celestial; e Deus, que conhece e sonda este coração, é o objeto de sua adoração, e a única fonte de onde se espera a graça que perdoa, santifica e torna-o feliz.”
Conclusão. O fio condutor de todo o livro de Atos (bem como da história da Igreja) é o Espírito Santo de Deus. Os discípulos foram ordenados a permanecerem em Jerusalém até que fossem revestidos com o Espírito enviado pelo Pai e pelo Filho e assim o fizeram. Somente com o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, Jesus continuou a fazer as suas obras por meio da igreja. É o Espírito quem dá a tônica de toda a obra missionária, ou seja, é o Espírito Santo o consumador da obra de salvação ao mundo. Conforme diz Marshall, “o Espírito é a possessão que todo cristão tem em comum, a fonte da alegria e poder, e os líderes cristãos são pessoas que estão especialmente cheias do Espírito a fim de cumprirem suas várias funções. O Espírito guia a igreja na sua escolha dos líderes e na sua atividade evangelizadora, e isto de tal forma que Atos às vezes tem sido descrito como o livro dos ‘Atos do Espírito Santo’” (Atos, p.31).

Pr. Robson Rosa Santana

28 de outubro de 2013

Elysium: Uma Apologética Maçante para o Obamacare

Para quem não viu o filme, veja o trailer

Brian Godawa

Conto utópico marxista contado por capitalistas gananciosos de Hollywood. Vindo do escritor/diretor Blomkamp, cujo Distrito 9 foi propaganda política para o ativismo imigrante ilegal, e Matt "Elmer Gantry da Esquerda" Damon, deve-se esperar. Eu tenho à mão Blomkamp, um contador de histórias propagandista astuto.
 É a história de Max, interpretado por Damon, um ex-presidiário tentando seguir em frente com um emprego em uma futurista anormal superpovoada e  poluída Los Angeles em um planeta poluído superpovoado...
Bem ali, você tem que parar e encarar o fato de que a o Mito da Explosão Populacional é uma mentira perniciosa planejada pelos engenheiros sociais para redistribuir o poder e riqueza com eles no poder, claro. De Malthus ao risivelmente ridículo Paul Ehrlich, que ainda é vergonhosamente tratado como um "expert" na mídia, essa visão ainda encontra seu caminho em sistemas de crenças dos ignorantes e iletrados. Ehrlich profetizou 40 anos de fome em massa, sem recursos naturais, e bilhões de superpopulação, todos em 2000! Uau, que cientista respeitável - e profeta! Ou devo dizer, "lucro" desde que se tornou um dos "maus ricos" promovendo suas mentiras. E eles ainda dão a este homem destrutivo uma voz na mídia.
Ok, eu desviei. Então, de volta para o filme - todas as pessoas pobres são deixadas à própria sorte e são exploradas por empresas estabelecidas na terra sem saúde suficiente. Enquanto isso, todos os ricos fugiram para uma estação espacial gigante no céu chamada Elysium, onde tudo é uma festa rica e eles têm máquinas médicas mágicas que curam todas as doenças ou desfigurações conhecidas pelo homem (uma metáfora da árvore da vida). Claro que as pessoas ricas do mal querem manter essas máquinas médicas mágicas para si e não querem compartilhá-las com todos os pobres abaixo. Então, eles explodem qualquer nave espacial de "imigrantes ilegais" que tentam chegar a Elysium em buscar de suas curas.
Tudo dá errado para Max no sistema opressivo de clichês abaixo. Ele é apenas um cara tentando voltar a andar com seus próprios pés, mas ele é uma vítima da brutalidade policial de tiras robôs que não têm lei ou a justiça programadas para eles, ele não se fez compreender a um robô oficial de condicional do governo e foi rejeitado como lixo descartável pela empresa que o emprega, quando ele é vítima de envenenamento por radiação em sua fábrica.
Então ele morrerá em cinco dias. Não é à toa que ele se torna um revolucionário! Elysium é simplesmente uma parábola Socialista Classista que inspira mais ódio dos ricos. Eu me pergunto se esses cineastas de Hollywood, como Damon, gostaria que um bando de estrangeiros ilegais sitiasse sua mansão para ter acesso a suas riquezas por saúde. Eu penso que não. É por isso que esse tipo de coisa é apenas hipocrisia disfarçada de preocupação com os marginalizados. Eu não vejo Damon ou Blomkamp desistir de sua riqueza para ajudar a curar os pobres do mundo. Ah, certo, eles estão pregando sobre isso, então eles estão isentos. Oh, isso faz com que os pobres se sentam melhor. Sim, essa é a definição de hipocrisia. Kinda recebendo o dinheiro do petróleo árabe para fazer um filme de difamação. Oh, essa escuridão é mais profunda.
É uma premissa muito legal de ação ficção científica que permite Max usar uma veste exo-esqueleto para dar-lhe força sobre-humana em um mundo onde a tecnologia trans-humanista é integrada ao organismo humano. E devo dizer, o personagem de Damon é um excelente herói vulnerável que você realmente se pergunta, às vezes, se ele vai sair das situações que entra. Isso é uma boa narrativa. Em uma história moralmente ruim.
O enredo gira em torno do fato de que a chefe má da segurança em Elysium, interpretada por Jodie Foster como uma vilã estranhamente habilidosa, liderança fria e uma mente ditadora, planeja um golpe onde ela vai assumir Elysium sob uma "crise de segurança nacional" à moda Rahm Emanuel e Eric Holder. Mas para fazer isso ela deve começar o programa especial que irá reiniciar o sistema do computador da Elysium com ela como a nova presidente. O único problema é que esse programa foi roubado e baixado no cérebro de Max. Então, ela envia um caçador de recompensas cruel atrás dele, e, portanto, torna-se um filme de perseguição emocionante.
Max chega até Elysium, mas seu plano, com a ajuda da "Resistência" é baixar a reinicialização, mas fazê-lo de tal forma a tornar todas AS PESSOAS NA TERRA cidadãos da Elysium. Isto porque a cidadania é o que os impede de colocar suas mãozinhas sujas nas máquinas médicas mágicas que, nas palavras da Resistência, - não estou brincando - "salva a todos."
Esta é uma história de Cristo. Mas lembre-se, nem todas as histórias de Cristo são bíblicas. No filme, ainda quando criança, Maria como Mãe de Max diz que ele é especial e tem "uma coisa para a qual ele nasceu." Então, Max acaba dando a sua vida para salvar o planeta para curar todas as pessoas. Isaías 53:4-5 diz que o Messias carregou as nossas dores e foi espancado por nós para que por sua morte, fossemos sarados. Elysium é um exemplo de como a história de Cristo é subvertida por outra religião do Esquerdismo para torcê-lo longe do relacionamento com Deus, para um céu revolucionário na terra. Se você realmente quer ver o resultado final dessa falsa religião você quereria  ler The God That Failed [O Deus que Falhou] por Koestler.
Também é importante notar que o filme não involuntariamente mostra que o ato de redistribuição é sempre baseado na violência. Alguém pode dizer Karl Marx?
A própria noção de medicina mágica utópica que vai salvar todo mundo é, claro, o alerta para a saúde nacionalizada. Na superfície parece uma coisa de compaixão óbvia a fazer. Quero dizer, não devemos puxar para baixo os ricos e redistribuir a riqueza para que todos possam ter saúde? Você não se preocupa com as crianças que estão morrendo? Devem os ricos ter o cuidado que os pobres não têm?
Bem, na verdade a maioria de nós se preocupa com as crianças que morrem e com a boa saúde, razão pela qual nacionalizar a saúde é ruim, porque realmente resulta em menos cuidados de saúde para todos com custos mais elevados, menos qualidade e fere o mais fraco de todos. Já estamos vendo o efeito hediondo horrível da medicina socializada na Europa e agora os EUA. Nos Estados Unidos, por causa do Obamacare, o seguro de saúde está subindo rapidamente, as pessoas estão perdendo o seu seguro - quase como muitas pessoas estarão sem seguro sob Obamacare como antes dele - controle governamental intrusivo gera desincentivo para a investigação médica, que já está resultando em menos avanços médicos, o que significa pior atendimento para TODOS, não um melhor atendimento para todos. Mesmo alguns esquerdistas estão admitindo que há painéis de morte ao racionar os cuidados médicos, o que significa menos cuidados de saúde para todos, especialmente os idosos e os pobres. Você vê, o rico sempre terá melhores cuidados de saúde , mas agora, Obamacare está criando a própria disparidade ou fosso entre ricos e pobres que pretende derrubar! E esses bastardos egoístas que criaram as leis estão isentando-se dele, porque eles SABEM que não vai ser bom para eles (assim como aqueles ricos em Elysium). Medicina socializada resulta em medicina pior, menos pessoas provisionadas, e os pobres são os piores prejudicados de todos.
O FATO: O lucro na medicina criou o melhor remédio na história para a maior quantidade de pessoas e, mais especificamente para os pobres como nunca antes. Medicina socializada destrói isso. Se você se preocupa com os pobres como eu, você deve ser contra a medicina socializada. Será que isso significa que não há problemas? Claro que não. Ele não é perfeito. Isso significa dizer que os ricos devem ter o melhor cuidado sozinhos? Claro que não! Eles vão buscá-la, não importa de que maneira. O que isto significa é que, se você tirar o lucro da medicina em nome de mentiras socialistas utópicas sobre todos recebendo cuidados de saúde, TODO MUNDO NÃO OBTERÁ, e o governo vai controlá-lo e você terá pior cuidado para menos pessoas com maior custo e os pobres serão os mais prejudicados. Que tipo de pessoa iria querer esse tipo de mundo?
Conclusão: Se você se preocupa com os pobres e sobre a melhor medicina para todos, você deve apoiar o livre mercado com lucro, porque isso é o que ajuda os pobres e oferece o melhor para a maioria. Mas se você acredita em saúde controlada pelo governo, você ajuda a  prejudicar os pobres e piorar medicina para todos, enquanto sente-se como se estivesse ajudando.


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Autor: Brian Godawa
Título original: Elysium: A Preachy Apologetic for Obamacare
URL do original: http://godawa.com/movieblog/elysium-a-preachy-apologetic-for-obamacare/
Acesso22/10/13
Site: www.godawa.com
Tradução: Robson Rosa Santana
Traduzido com permissão do autor

Brian Godawa tem um livro lançado no Brasil que nos ajuda a discernir as cosmovisões de Hollywood: Cinema e Fé Cristã

27 de setembro de 2013

MISSÃO NO ENSINO DE JESUS

Por John D. Harvey

Um número de princípios importantes relacionados à missão emerge do ensino de Jesus. Primeiro, o ímpeto primário para a missão é a necessidade espiritual. Tanto Jesus como seus discípulos foram enviados a homens e mulheres que eram necessitados espiritualmente. Embora as necessidades físicas sejam, às vezes, direcionadas durante o curso da missão, o foco é espiritual. Segundo, o objetivo primário da missão é redentivo. Este princípio segue o primeiro logicamente. Jesus veio buscar e salvar o perdido. Após a ressurreição, os discípulos foram enviados para proclamar o perdão dos pecados. Em ambos os casos o propósito foi promover o plano divino de redenção. Terceiro, a missão tem uma abrangência mundial. Jesus antecipou uma missão universal, e a missão dos discípulos pós-ressurreição era explicitamente universal. O propósito redentivo da missão estende-se a “todas as nações”. Quarto, o enviado em missão exercita a mesma autoridade do enviador. Do mesmo modo que o Pai conferiu sua autoridade ao Filho, assim Jesus conferiu sua autoridade aos discípulos. A continuidade da autoridade é o mesmo exemplo proeminente entre o enviador e o enviado. Quinto, a obediência caracterizaria o enviado em missão. Jesus foi comissionado para fazer a vontade do Pai, e ele esperava seus discípulos obedecer tudo que ele tinha ordenado a eles. Se as intenções divinas para a missão existem para serem cumpridas, então a obediência é essencial para aquele que é enviado. Sexto, a pregação/ensino é a atividade primária do enviado em missão. Jesus foi enviado para pregar. A missão dos discípulos pós-ressurreição incluía a pregação, e a missão pós-ressurreição enfatizava a pregação e o ensino. A proclamação deve permanecer central para o empreendimento da missão. Sétimo, a comunicação fiel da mensagem da missão trará resultados positivos. Jesus previa o resultado da missão em crescimento extensivo e transformação intensiva. A mensagem da missão contém dentro de si o potencial para produzir estes resultados. O que é requerido, portanto, é a comunicação fiel dessa mensagem. Existem, é claro, outros princípios que podem – e devem – ser tirados do ensino de Jesus sobre a missão. Os setes precedentes são simplesmente um ponto inicial. Eles servem para nos lembrar, porém, que Jesus tinha muito a dizer sobre o tópico e estas suas palavras apontam o caminho para a compreensão da igreja da tarefa confiada a ela.

Conclusão do capítulo “Mission in Jesus’ Teaching”, em: Mission in the New Testament, New York: Orbis Book, 1998, p.48-49. Tradução Robson Rosa Santana.



Dados sobre o autor extraídos do site amazon.com:
Dr. John D. Harvey is Dean and Professor of New Testament at Columbia International University Seminary & School of Ministry in Columbia, SC. He earned his Doctor of Theology degree from Wycliffe College at the University of Toronto. His previous books include Listening to the Text: Oral Patterning in Paul's Letters, Greek is Good Grief: Laying the Foundation for Exegesis and Exposition, and Anointed with the Spirit and Power: A biblical theology of Holy Spirit Empowerment. He is an ordained teaching elder in the Presbyterian Church in America and is actively involved in pulpit supply. He has served cross-culturally in Europe and Africa.

13 de junho de 2013

Uma Reunião de Oração que Durou 100 Anos (Morávios)

por Leslie K. Tarr
 
    FATO: A Comunidade Morávia de Herrnhut na Saxônia, em 1727, iniciou uma volta do relógio da "vigília de oração" que continuou sem parar por mais de cem anos.
    FATO: Em 1791, 65 anos após o início dessa vigília de oração, a pequena comunidade Morávia enviou 300 missionários até os confins da terra.
Será que existe alguma relação entre esses dois fatos? A intercessão fervorosa é um componente básico na evangelização do mundo? A resposta para ambas as perguntas é certamente um incondicional "sim".
Esse impulso da evangelização heroica do século XVIII pelos Morávios não recebeu a atenção que merece. Mas ainda menos anunciado que suas façanhas missionárias é que reunião de oração de cem anos sustentou o fogo do evangelismo.
Durante os primeiros cinco anos de existência do assentamento Herrnhut mostrou-se poucos sinais de poder espiritual. No início de 1727 a comunidade de cerca de trezentas pessoas foi sacudida por discórdias e brigas. Um local improvável para avivamento!
Olhando para trás para esse dia e os quatro gloriosos meses que se seguiram, Zinzendorf recordou mais tarde: "Todo o lugar representava verdadeiramente uma habitação visível de Deus entre os homens."
Um espírito de oração foi imediatamente evidente na comunidade e continuou durante todo esse "verão dourado de 1727", como os morávios passaram a designar o período. Em 27 de agosto daquele ano, vinte e quatro homens e vinte e quatro mulheres fizeram o acordo de passar uma hora por dia em oração programada.
Alguns outros se alistaram na "intercessão de hora em hora".
"Durante mais de cem anos, os membros da Igreja Morávia toda participavam na intercessão de hora em hora’. Em casa e no exterior, em terra e mar, este relógio de oração subiu incessantemente ao Senhor", declarou o historiador A. J. Lewis.
The Memorial Days of the Renewed Church of the Brethren [Os Dias Memoráveis da Igreja Renovada dos Irmãos], publicado em 1822, 95 anos após a decisão de iniciar o relógio de oração, curiosamente descreve o movimento em uma frase: “O pensamento atingiu alguns irmãos e irmãs que possam estar bem para separar algumas horas com o propósito de oração, em que períodos nós possamos ser relembrados de sua excelência e sermos induzidos pelas promessas anexas à fervorosa oração perseverante para derramarmos seus corações diante do Senhor”.
A revista cita ainda uma tipologia do Antigo Testamento como justificativa para a vigília de oração: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Levítico 6.13); assim em uma congregação que é um templo do Deus vivo, onde ele tem o seu altar e fogo, a intercessão dos seus santos devem incessantemente subir até ele.
Essa vigília de oração foi instituída por uma comunidade de crentes cuja média de idade era provavelmente cerca de trinta anos. O próprio Zinzendorf tinha vinte e sete anos.
A vigília de oração de Zinzendorf e a comunidade morávia sensibilizou-os a tentar a inédita missão de alcançar outros para Cristo. Seis meses após o início da vigília de oração o conde sugeriu aos seus companheiros morávios o desafio de um evangelismo ousado visando as Índias Ocidentais, Groenlândia, Turquia e Lapónia. Alguns eram céticos, mas Zinzendorf persistiu. Vinte e seis morávios adiantaram-se no dia seguinte para se voluntariar para missões mundiais aonde o Senhor conduziu.
As façanhas que se seguiram certamente devem ser contadas entre os momentos altos da história cristã. Nada intimidou Zinzendorf ou seus companheiros arautos de Jesus Cristo - prisão, naufrágio, perseguição, ridicularização, a peste, a pobreza miserável, ameaças de morte. Seu hino reflete sua convicção:
Embaixador de Cristo,
Sabeis o caminho que vós ides?
Ele leva para dentro das mandíbulas da morte,
É cheia de espinhos e aflição.
Os historiadores da Igreja olham para o século XVIII e se maravilham com o Grande Despertamento na Inglaterra e na América, que levou centenas de milhares de pessoas para o Reino de Deus. João Wesley figurou em grande medida naquele poderoso movimento e muita atenção tem sido centrada nele. Não é possível que tenhamos negligenciado o lugar que essa volta do relógio da vigília de oração teve em alcançar Wesley e, através dele e seus companheiros, em alterar o curso da história?
Perguntamo-nos o que aconteceria de um compromisso por parte dos cristãos do século XX instituir uma vigília de oração” pela evangelização do mundo, especificamente para atingir aqueles, nas palavras de Zinzendorf, para quem ninguém se importava”.
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* O Reverendo Leslie K. Tarr é professor de homilética e comunicação no Seminário Batista Central em Toronto, Ontário. Este artigo apareceu pela primeira vez em Decision, maio de 1977, é protegido pela Associação Evangelística Billy Graham. Usado e resumido com permissão. | Postado 01/01/1982.
 
Tradução do original em inglês A Prayer Meeting that lasted 100 years  pelo Pr. Robson Rosa Santana (IPB).
Acesso: 13 de junho de 2013