31 de maio de 2010

Como Lidar com o Desencorajamento

Palestra do Pr. Nélio DaSilva


Nélio Da Silva é ministro do evangelho ordenado pela Igreja Presbiteriana do Brasil em 1977 e atualmente membro da Presbyterian Church In America (PCA) e ex-coordenador de implantação de igrejas entre brasileiros e portugueses nos EUA, ministério exercido através da Mission To North América, departamento da referida denominação. Pastoreou a Igreja de St. Paul`s Presbyterian Church, em Newark, NJ de 1980 a 1986 na posição de pastor assistente.Em 1986 deu início a um trabalho de evangelização junto a brasileiros, originando a Comunidade Cristã Presbiteriana, ligada ao Presbitério de New Jersey, tornando-se esta a primeira igreja presbiteriana de língua portuguesa a ser fundada e organizada dentro da PCA. 


Depois de 23 anos residindo no Estados Unidos volta ao Brasil e integra o quadro da SEPAL (Serviço de Evangelização para a América Latina), uma organização estabelecida no Brasil há mais de 40 anos. Sua atuação na SEPAL será nas área de treinamento e de consultoria direcionadas a igrejas e lideres em todo o Brasil. Autor dos livros : "Transformando Fracassos em Vitórias"; "Socorro: O Meu Barco Está Afundando"; "Crendo no Impossível"; "Gotas de Encorajamento"; "Graça: Antídoto de Deus Contra a Rejeição.". Tambem lançou "Gotas de Encorajamento", em CD e "Gotas de Aliento", em espanhol. 

Conheça mais: www.encorajamento.com 

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Pr. Robson

CONVITE DE CRISTO PARA A CONVERSÃO E O VERDADEIRO DISCIPULADO (Mc 8.34 a 9.1)

Mc 8.31-34 é uma introdução para aquilo que Jesus queria dizer às multidões.
Depois de explicar que Ele como Cristo deveria sofrer, morrer e ressuscitar, e que seria rejeitado por muitos líderes religiosos (escribas, fariseus, saduceus, etc.), bem como por muitas pessoas também.
Desse modo e em tais circunstâncias, Jesus convoca as multidões.
v. 34 “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes:”
Se alguém quer vir após mim, (1) a si mesmo se negue, (2) tome a sua cruz e (3) siga-me.
1º - Jesus de fato quer que as pessoas venham após Ele, ou seja, sejam seus seguidores ou discípulos.
O apelo nos versos 35-38 mostra claramente isso.
2º - No entanto, Ele explica como Ele quer ser seguido. O que Ele exige de seus discípulos.

“O que alguém deve fazer para ser considerado um verdadeiro discípulo”?

1) Deve negar-se a si mesmo
Deve dar adeus ao velho homem não regenerado pela graça.
Deve renunciar toda confiança própria para a salvação e depender somente de Deus para a salvação eterna.
Deve se afastar, com pavor, de qualquer pensamento ou hábito pecaminoso.

2) Deve tomar a sua cruz
A figura é a de um condenado carregando a cruz na qual será morto.
Normalmente o criminoso fazia isso contra a sua vontade.
No caso do discípulo de Jesus não. Ele a aceita voluntariamente, mesmo que isso o leve à dor, à vergonha e à perseguição que passarão a ser suas devido ao seu compromisso com Jesus.
Cl 3.5-6: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;” / “6 por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”.
Rm 6.4-5: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”./ “11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”.

3) deve começar a seguir a Jesus e manter-se firme na sua caminhada (“e siga-me”)
Confiar nele
Jo 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. (cf. Rm 8.1)
Caminhar em seus passos
1Pe 2.21: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos”
1 Jo 2.6: “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”.
Obedecer aos seus mandamentos
Jo 14.15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”.
Tudo isso por gratidão pela salvação que Ele dar.
Quando juntamos o negar-se a si mesmo, o tomar a cruz e assim seguir a Jesus, seguimos os passos para a conversão verdadeira, seguida por uma vida inteira de santificação.[1]

Nos versos seguintes (35-38), Jesus fala da obrigação da conversão e a recompensa resultante.
v.35 “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á”.
A busca de salvação por si mesma leva a perdição. O homem quer salvar a si mesmo através de sua inteligência e seus bens. Jesus chama isso de perdição, que é uma loucura muito grande conforme Ele disse a um certo homem rico:
Lc 12.16-21: “ E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus. (cf. o rico e lázaro – Lc 16.19-31).
No entanto, aquele que “perde” sua vida, é por devotar-se completamente a Jesus e ao seu serviço daqueles que precisam de nós, bem com a expansão do evangelho.
v.36 “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? 37 Que daria um homem em troca de sua alma?”

A perda da alma é irreparável! Nada o recompensará por ela.
Implicação: que cada pessoa que ouvir o convite de Jesus possa negar-se a si mesma, tomar sua cruz e segui-lo. Que ninguém rejeite o apelo de Jesus.
Por quê?
v.38 “Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos’.
Os piores inimigos de Jesus, bem como muitas pessoas que o seguiam, estavam envergonhados dele e de seus ensinos
Mc 8.31: “Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse”.
Jo 6.66: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”.

Quem se envergonhar de Jesus, Jesus se envergonhará dele(a).
Quando vai acontecer isso? No juízo final.
Mt 25.31-32: Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 32 e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas;

Aqueles que negaram a si mesmos, tomaram a sua cruz e o seguiram de todo o coração, ouvirá:
Mt 25. 34: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

Aos que o rejeitou e se envergonhou dele, ouvirá:
Mt 25.41: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.


Pr. Robson Rosa Santana
Adaptado de William Hendriksen, Comentário de Marcos, Editora Cultura Cristã.
A Coletânea de comentário do Novo Testamento pode ser encontrada clicando aqui


[1] Arrependimento. “isto significa uma completa mudança em relação ao pecado. Terá de haver mudança de mente. O homem terá de admitir que é um pecador em rebelião contra um Deus santo e cheio de amor. Terá de haver mudança de coração – genuína tristeza e vergonha pela vileza e sordidez do seu pecado. Depois deverá estar disposto a abandonar o pecado e a mudar a direção da sua vida. Deus desafia as pessoas a provarem com suas obras que estão arrependidas, produzindo frutos dignos de arrependimento. O homem tem de fazer isso. Deus não lhe perdoará nenhum pecado que não se queira abandonar. Arrepender-se é ir numa nova direção, procurando sinceramente viver de maneira agradável a Deus.”
Fé em Cristo. “ Primeiro, isto significa aceitar que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo e que Cristo morreu ... pelos injustos. Segundo, significar crer que, através de Seu poder e amor, Cristo é capaz e está disposto a salvá-lo. Terceiro, significa colocar, de fato, a sua confiança em Cristo, depender somente dEle para conceder-lhe a paz com Deus. A sua natureza arrogante e pecaminosa lutará contra o abandono da confiança na sua própria “bondade” ou na sua religião. Todavia, não há alternativa. Você precisa parar de confiar em qualquer outra coisa e confiar somente em Cristo, Aquele que pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus” (Perguntas Cruciais, de J. Blanchard: Editora fiel. p.26).

27 de maio de 2010

CALVINO E A PRESENÇA ESPIRITUAL DE CRISTO NA CEIA DO SENHOR

por Robson Rosa Santana

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1. A VISÃO CATÓLICA
2. AS VISÕES PROTESTANTES
    2.1 Lutero
    2.2 Zwinglio
    2.3 Calvino
         2.3.1. Definição de sacramento
         2.3.2 Presença real de Cristo na ceia
         2.3.3 Críticas às doutrinas contrárias ao seu entendimento
                2.3.3.1 Contra a doutrina católica da transubstanciação
                2.3.3.2 Contra a doutrina luterana da consubstanciação
                2.3.3.3 Contra a doutrina zwingliana do memorialismo
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
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21 de maio de 2010

CASAMENTO E DIVÓRCIO

O casamento é uma relação na qual um homem e uma mulher se entregam mutuamente um ao outro numa aliança vitalícia e, com base nesse voto solene, eles se tornam “uma só carne” (Gn 2.24; Ml 2.14; Mt 19.4-6).

A Confissão de Fé de Westminster (XXIV.2) afirma: “O matrimônio foi ordenado para mútuo auxilio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por sucessão legítima, e da igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza” (licença sexual e imoralidade; Gn 1.28; 2.18; 1Co 7.2-9). O ideal de Deus para o casamento é que o homem e a mulher se completem um ao outro (Gn 2.23) e participem da obra criativa de fazer um novo povo. O casamento é para os cristãos e não-cristãos, mas é da vontade de Deus que os do seu povo se casem só com cônjuges da mesma fé (1Co 7.39; cf. 2Co 6.14; Ed 9.10; Ne 13.23-27). A intimidade, na sua mais profunda dimensão, é impossível quando os cônjuges não estão unidos na fé.

Paulo usa o relacionamento entre Cristo e a sua Igreja para explicar o que é o casamento cristão, de modo que ressalta a especial responsabilidade do marido, como o cabeça e protetor da esposa, e conclama a esposa para aceitar seu marido nessa condição (Ef 5.21-33). A distinção de papéis não implica em que a esposa seja pessoa inferior, pois como portadores da imagem de Deus, tanto homem como mulher têm igual dignidade e valor e devem cumprir seus papéis com mútuo respeito, baseados no conhecimento desse fato. 

Deus odeia o divórcio (Ml 2.16); contudo, determina disposições para o divórcio, que protegem a mulher divorciada (Dt 24.1-4). Estas disposições foram promulgadas “por causa da dureza do vosso coração” (MT 19.8). a compreensão mais natural do ensino de Jesus (Mt 5.31-32; 19.8-9) é que o adultério – o pecado da infidelidade conjugal – destrói a aliança do casamento e justifica o divórcio (ainda que a reconciliação fosse preferível) e que aquele que se divorcia da sua esposa por qualquer razão menor torna-se culpado de adultério, quando se casa de novo, e leva a esposa a cometer adultério, se ela também se casar de novo. O princípio é que todos os casos de divórcio e de novo casamento envolvem rompimento do ideal de Deus para a relação sexual. Perguntado quando o divórcio seria legítimo, Jesus respondeu que o divórcio é sempre deplorável (Mt 19.3-6), mas não negou que os corações continuavam a ser duros e que o divórcio, ainda que mau, podia, às vezes, ser permitido.

Paulo diz que o cristão que é abandonado por um cônjuge não está sujeito à servidão (1Co 7.15). Isso evidentemente significa que o cristão pode considerar acabada a relação. Se esse fato confere o direito de um novo casamento tem sido matéria de muita disputa, e a opinião Reformada tem estado dividida sobre a questão.

A Confissão de Fé de Westminster (XXIV.5,6), com sábia cautela, afirma aquilo que, à base da reflexão sobre as Escrituras acima referidas, ao longo do tempo, os cristãos Reformados concordam no que diz respeito ao divórcio:

“No caso de adultério depois do casamento, à parte inocente é lícito propor divórcio, e depois de obter o divórcio casar com outrem, como se a parte infiel fosse morta.
Posto que a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de indevidamente separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo só é causa suficiente para dissolver os laços do matrimônio o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem pelo magistrado civil; para a dissolução do matrimônio é necessário haver um processo público e regular. não se devendo deixar ao arbítrio e discrição das partes o decidirem seu próprio caso”.

Nota teológica da Bíblia de Estudo de Genebra, p.1090. 
Editora Cultura Cristã

5 de maio de 2010

Christian schooling in Brazil

DANDO SIGNIFICADO A VIDA

A grande questão que o escritor de Eclesiastes procura responder é, “existe algum significado para o tempo que gastamos neste mundo?”. Nós colocamos numa lápide que um homem nasceu em certa data e que morreu em certa data. Entre esses dois pólos de tempo nós vivemos nossas vidas. A questão básica é, “Minha vida tem significado?”

Um refrão comum ecoado em Eclesiastes é que existe futilidade, vaidade, e “nada novo debaixo do sol”. Se nossas vidas começam sob o sol como um acidente cósmico, um resultado de colisões e mutações aleatórias de matéria inerte, e se nosso destino último é retornar ao pó, não há nenhum propósito.

Quando cessamos de olhar “debaixo do sol” e procuramos nosso destino “debaixo do céu”, nós encontramos nosso propósito. Nossa origem não estava na sopa primordial, mas nas mãos de Deus, que nos formou e soprou a vida em nós. Nosso destino não é retornar ao pó, mas dar honra e louvor a Deus eternamente. Debaixo do céu encontramos propósito. Se nós temos Deus como nossa origem e destino, entre esses dois pólos há propósito e significado.

O escritor responde a questão com um ressonante “Sim!” Há razão para nossas vidas. Há uma razão para nosso sofrimento e uma razão para nossa dor. Há também uma razão para nossa alegria.

Coram Deo [Diante da face de Deus]
Você está vivendo sua vida “debaixo do sol” ou “debaixo do céu”? Você tem encontrado verdadeiro propósito e significado para a vida?

Passagens para estudo adicional


Ec 2.22: “Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol?”


2 Tm 1.8-9: “Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos,”


Ec 12.13: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem”


R. C. Sproul


Capturado de http://www.ligonier.org/learn/devotionals/giving-meaning-life/ . Tradução Robson Rosa Santana (22/01/10)